A capital indiana, Nova Délhi, amanheceu envolta por uma espessa camada de névoa tóxica na manhã da última terça-feira (21), um dia após as celebrações de Diwali, o famoso Festival das Luzes da Índia.
A fumaça, resultado da combinação entre fogos de artifício, emissões de veículos e condições atmosféricas desfavoráveis, reduziu a visibilidade em vários pontos da cidade.
Marcos históricos como o Portão da Índia, o templo Akshardham e o Kartavya Path, uma das principais avenidas da capital, ficaram quase invisíveis sob a fumaça.
Imagens de drone mostram a cidade coberta por uma névoa densa, com o trânsito fluindo lentamente e motoristas sendo obrigados a manter os faróis acesos mesmo durante o dia.
Segundo especialistas, o fenômeno é comum nesta época do ano, quando o ar frio e seco impede a dispersão dos poluentes.
Mas, segundo autoridades locais, o uso intenso de fogos durante o Diwali agravou o problema neste início de semana.
Névoa tóxica encobre o Kartavya Path, principal bulevar de Nova Délhi, na manhã seguinte ao festival de Diwali.
Anushree Fadnavis/Reuters
Embora a Suprema Corte da Índia tenha permitido apenas “fogos verdes”, com emissões reduzidas, por poucas horas nas noites de domingo e segunda, os estouros se estenderam pela madrugada.
“A gente já espera esse cheiro forte depois do festival, mas este ano parece pior. É difícil respirar”, disse um morador de Délhi à umaTV local.
O governo alerta que a qualidade do ar deve continuar “muito ruim” nos próximos dias.
Homens passam de moto por um sistema de névoa instalado para reduzir a poluição, em uma manhã de ar carregado e baixa visibilidade em Nova Délhi, após o festival de Diwali.
Anushree Fadnavis/Reuters
Durante o inverno, a cidade costuma registrar uma combinação perigosa de poluição urbana, fumaça de queimadas agrícolas e poeira de obras, que se acumula sobre os 20 milhões de habitantes da região metropolitana.
Nova Délhi é inclusive frequentemente apontada entre as capitais mais poluídas do planeta.
Todos os anos, após o Diwali, hospitais relatam aumento nos atendimentos por problemas respiratórios, especialmente entre crianças e idosos.
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