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Morre aos 100 anos alagoana Clara Charf, ativista e viúva de Marighella

IGUATEMI INFORMA 03/11/2025
clara-charf

Clara Charf morreu aos 100 anos de idade
Divulgação
Morreu na segunda-feira (3), em São Paulo, aos 100 anos, a ativista política Clara Charf, viúva do ex-deputado e guerrilheiro Carlos Marighella. A informação foi confirmada pela Associação Mulheres pela Paz, organização da qual ela era fundadora e presidente.
Ainda segundo o comunicado da Associação Mulheres Pela Paz, Clara Charf estava hospitalizada em São Paulo havia alguns dias e foi entubada.
A ativista nasceu em 17 de julho de 1925, em Maceió, Alagoas, filha de imigrantes judeus russos que fugiram da perseguição na Europa. Passou parte da infância em Recife, Pernambuco, onde perdeu a mãe ainda jovem, vítima de tuberculose.
Aos 16 anos, já participava de atividades políticas e, aos 21, se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ela trabalhou como datilógrafa, secretária e aeromoça, uma profissão incomum para as mulheres da época até se mudar para o Rio de Janeiro, onde aprofundou sua militância no partido.
O encontro com Marighella
Foi em 1947 que Clara conheceu o então deputado baiano Carlos Marighella, um dos principais nomes do PCB. O casal uniu-se na vida e na política, compartilhando ideais e enfrentando perseguições. Com o endurecimento do regime militar, ambos viveram na clandestinidade.
Clara chegou a ser presa em Campinas, em São Paulo, quando ministrava um curso de formação política para militantes. Passou um período detida e, mesmo após ser libertada, continuou sendo monitorada pelos órgãos de repressão.
Em 1969, Marighella foi morto por agentes da ditadura em São Paulo, e Clara tornou-se uma das mulheres mais caçadas pelo regime. Sozinha, teve de fugir do país e iniciar um novo capítulo de sua vida no exílio.
Anos de exílio e o retorno ao Brasil
Imagem do documentário ‘Marighella’, onde Carlos Mariguella aparece ao lado da esposa Clara Charf e seus familiares.
Divulgação
Após o assassinato de Marighella, Clara Charf refugiou-se em Cuba, onde viveu por cerca de dez anos sob identidade falsa. Lá, trabalhou como tradutora e manteve contato com exilados latino-americanos que lutavam contra as ditaduras na região.
Com a Lei da Anistia, em 1979, pôde retornar ao Brasil. Instalou-se em São Paulo e retomou a militância, agora no campo institucional. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e se candidatou a deputada estadual em 1982, recebendo cerca de 20 mil votos.
Luta pelas mulheres e pela paz
Nos anos seguintes, Clara voltou-se especialmente à causa das mulheres. Em 2005, coordenou o movimento “Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz”, que destacou lideranças femininas do mundo todo comprometidas com os direitos humanos. No Brasil, criou e presidiu a Associação Mulheres pela Paz, entidade voltada ao fortalecimento da cidadania e da participação política feminina.
O reconhecimento veio também naquele ano, quando recebeu o Diploma Bertha Lutz, concedido pelo Senado Federal a mulheres com destaque na defesa da igualdade de gênero. Clara era lembrada por suas companheiras de militância como uma mulher firme, afetuosa e incansável, que nunca deixou de acreditar na transformação social.
100 anos
Mesmo após completar 100 anos, Clara Charf continuava ativa em debates públicos e movimentos sociais. Sua vida atravessou as grandes transformações políticas do Brasil: a era Vargas, o golpe de 1964, a ditadura, o exílio e a redemocratização.
Nordestina, judia, comunista e feminista, Clara representava uma intersecção entre várias bandeiras, o que a tornou uma referência para as novas gerações de mulheres engajadas na luta por direitos.
Veja os vídeos que estão em alta no g1

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