
Enem 2025: correção da questão de linguagens sobre novas tecnologias de escrita
O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explicaram nesta quarta-feira (12) o uso inédito de questões em formato de bloco no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.
Na prova de linguagens aplicada no domingo (9), pela primeira vez, havia um bloco de cinco questões que se baseavam em um único texto. De acordo com os responsáveis pela prova, a chamada metodologia de testlets privilegia o conhecimento do participante.
“Ao utilizar um texto-base para vários itens, o Inep torna o exame mais contextualizado e favorece a integração dos conhecimentos avaliados”, diz a autarquia.
Cadernos de prova do primeiro dia do ENEM 2025.
Angelo Miguel/MEC
Ainda de acordo com o Inep, o uso da metodologia de testlets também traz outros benefícios para a avaliação, como:
permitir avaliar múltiplas competências de forma mais concisa;
propiciar o desenvolvimento de habilidades de análise crítica, raciocínio lógico e inferência;
otimizar o tempo de prova;
permitir leitura e análise de textos mais próximos à integridade da fonte primária;
reduzir o tamanho da prova;
abordar contextos com maior complexidade;
avaliar tarefas cognitivas mais complexas;
evitar o desperdício de esforço na leitura de vários excertos de texto.
Hilda Linhares, diretora de Avaliação da Educação Básica do Inep, explica as questões apresentadas no modelo de testlets foram todos pré-testados e têm a qualidade assegurada.
“Espera-se que, a partir desta edição, esse modelo seja adotado não apenas para a área de linguagens, na qual ele foi aplicado em 2025, mas também para outras áreas de conhecimento”, diz Hilda.
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Formato surpreendeu professores
Uma estrutura incomum para provas de Linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chamou a atenção de professores e alunos no primeiro dia de prova deste ano: uma longa crônica usada como texto de apoio para a resolução de cinco questões.
O modelo não é característico da prova, que costuma ter um ou mais textos de apoio para cada uma das questões. Esse padrão é mais utilizado em outros vestibulares, como na Fuvest ou na prova da Unicamp.
“Tive uma surpresa. Nem consigo te dizer quando o Enem fez isso, é a primeira vez que eu vejo o exame cobrando um texto para diversas questões”, comenta Larissa Maciel, autora de Língua Portuguesa do Sistema pH.
A crônica, publicada na Revista Rascunho, falava sobre tecnologia e a perda do hábito de escrever à mão. As questões exploravam as características do gênero.
Isabela Abreu, editora de linguagens no SAS Educação, ainda complementa que tratava-se de texto longo, de 45 linhas.
Apesar da estrutura dessas questões fugir um pouco do padrão histórico da prova, os professores não consideraram o nível de dificuldade alto.
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