
O dólar opera nesta terça-feira (21) em leve alta de 0,37%, cotado a R$ 5,3909 por volta das 11h42. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 0,16%, aos 144.272 pontos.
Os investidores estão atentos à expectativa de um encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de discursos de dirigentes de bancos centrais.
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▶️ Nesta terça, o presidente da República embarca para uma viagem à Indonésia e à Malásia, onde vai participar da reunião da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Há a expectativa de que Lula e Donald Trump, tenham um encontro reservado durante a cúpula.
▶️ Em dia de agenda esvaziada de indicadores, o mercado estará atento ao exterior e às movimentações em Brasília, onde o governo busca uma solução para o Orçamento após o Congresso ter arquivado no início do mês a medida provisória sobre taxação de aplicações financeiras.
▶️ Ainda no cenário local, o mercado repercute o pedido de recuperação judicial da Ambipar, empresa de gestão de resíduos, e o relatório de produção da Vale, a ser divulgado após o fechamento.
▶️ Nos índices econômicos, o destaque fica para o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o indicador registrou variação negativa de 0,38% na segunda prévia de outubro.
▶️ No exterior, os investidores também monitoram a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fará um discurso em evento nesta manhã. Já o membro do conselho do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, discursa em eventos às 10h e às 16h30 (horário de Brasília).
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,63%;
Acumulado do mês: +0,91%;
Acumulado do ano: -13,09%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,77%;
Acumulado do mês: -1,18%;
Acumulado do ano: +20,14%.
Encontro Lula-Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta terça-feira (21) para Indonésia e Malásia, onde participará da cúpula da ASEAN.
Há expectativa de um encontro reservado com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Malásia — o primeiro presencial entre os dois desde a crise das tarifas americanas sobre produtos brasileiros.
A equipe de Lula afirma que a reunião depende apenas do alinhamento de agendas. O Planalto vê o encontro como um passo importante para “reorganizar a relação” entre os países, após meses de tensão, incluindo tarifas de 50% aplicadas por Trump em agosto.
O presidente brasileiro já teve conversas prévias com Trump, incluindo um telefonema e um rápido encontro na ONU.
Caso a reunião aconteça, deverão ser discutidos a revogação das tarifas, medidas restritivas contra autoridades brasileiras e a postura dos EUA em relação à Venezuela e à Colômbia.
A crise da Ambipar
A Ambipar entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira (20), no Rio de Janeiro, devido à falta de caixa e ao risco de ter que quitar rapidamente dívidas bilionárias.
O pedido inclui outras empresas do grupo, como a Environmental ESG Participações, e nos EUA a Ambipar Emergency Response acionou o Capítulo 11, equivalente à recuperação judicial americana.
A medida foi tomada após suspeitas de irregularidades em operações financeiras (swaps) realizadas pela antiga diretoria, que vieram à tona com a saída do ex-diretor financeiro João de Arruda.
O episódio abalou a confiança do mercado e levou credores a exigir pagamentos antecipados, agravando a situação, que se refletiu na queda das ações da empresa.
A crise também afetou Certificados de Operações Estruturadas (COEs), acionando cláusulas de vencimento antecipado e aumentando a incerteza entre investidores.
A decisão ocorre pouco tempo após a Ambipar conseguir uma liminar que suspendia temporariamente cobranças do Deutsche Bank, relacionadas a um complemento de US$ 35 milhões que poderia antecipar dívidas de até R$ 10 bilhões.
Bolsas globais
Nesta terça, Wall Street tem desempenho misto, com investidores atentos à temporada de balanços. Dow Jones subiu 0,05%, S&P 500 avançou 0,06% e Nasdaq caiu 0,07%.
A montadora GM e Coca-Cola se destacaram com alta, enquanto Philip Morris e Northrop Grumman registraram quedas. Analistas alertam que lucros sólidos precisam ser acompanhados de previsões confiáveis para sustentar o mercado.
Já as bolsas europeias operam em leve alta, impulsionadas pelas ações de defesa, após novo encontro tenso entre Trump e Zelensky. No Reino Unido, os empréstimos do setor público chegaram a £ 20,2 bilhões em setembro, o maior valor para o mês desde 1997, dentro das previsões.
Principais índices:
STOXX 600: +0,11%
DAX (Alemanha): +0,071%
FTSE 100 (Londres): +0,28%
CAC 40 (França): +0,37%
FTSE MIB (Itália): +0,96%
Na Ásia, as ações fecharam nesta terça-feira a maior alta em seis semanas, impulsionadas por sinais de abrandamento das tensões comerciais com os Estados Unidos e balanços corporativos positivos.
O índice de Xangai fechou em alta de 1,36%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores companhias de Xangai e Shenzhen, subiu 1,53%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,65%. Em Tóquio, o Nikkei valorizou 0,27%, e Seul, 0,24%.
No Japão, o iene desvalorizou após a eleição da conservadora Sanae Takaichi para ser a nova primeira-ministra, o que a tornou a primeira mulher a ocupar o cargo na história do país.
Dólar
Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo
*Com informações da agência de notícias Reuters.
