Marvio Blanco Ludolf, de 43 anos
Reprodução/Redes sociais
A Justiça de Minas decidiu que o estudante de engenharia Miguel Freitas Teixeira, de 25 anos, acusado de matar a facadas o advogado Marvio Blanco Ludolf durante uma briga na Praça Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte, vai a júri popular. O crime foi registrado em janeiro deste ano (relembre abaixo).
A sentença é do juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, do Tribunal do Júri – 2º Sumariante da Comarca da de Belo Horizonte. O homem responde por “homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima”.
Segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia do crime, a vítima e um amigo passavam pela região em um carro de aplicativo quando notaram uma briga na praça. A vítima desceu do carro e tentou ajudar uma mulher que era agredida.
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Marvio Ludolf era do Rio de Janeiro e estava com um amigo, um policial civil de Pernambuco, em Belo Horizonte, e que ambos fariam concurso para delegado da Polícia Civil de Minas Gerais. Na decisão que determina a realização de júri popular, o juiz argumentou que os “indícios de autoria do crime recaem sobre o réu”.
Por nota, a defesa de Miguel Teixeira afirmou que vai recorrer da decisão, e que vai apresentar provas que demonstram a inocência do acusado.
“Sempre tratamos como improvável que um juiz, em caso de grande repercussão midiática, absolva sumariamente ou até mesmo decida pela impronuncia, transferindo aos jurados a responsabilidade constitucional de julgar o caso”, informou a defesa.
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Briga na Praça Raul Soares
A vítima foi esfaqueada e morta durante uma briga na madrugada do dia 25 de janeiro. De acordo com o registro da Polícia Militar, o advogado voltava de uma boate em Nova Lima, na Grande BH, com um amigo e, ao passarem pela Raul Soares, viram uma confusão no meio da praça.
Ludolf, então, pediu para que o motorista do carro de aplicativo parasse para ver o que estava acontecendo, porque achava que se tratava de dano ao patrimônio público.
No entanto, a briga envolvia um casal e outras pessoas chegaram para auxiliar a mulher. Marvio pensou que uma mulher estava sendo assaltada, porque um homem puxava a bolsa. Contudo, era o namorado dela querendo pegar o celular e a chave do carro.
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Até que o carro fizesse a rotatória, formou-se uma briga generalizada, com aproximadamente sete pessoas. Marvio interveio para ajudar a mulher, segurou o namorado dela, e Miguel Teixeira pensando que o advogado era o agressor da mulher, o esfaqueou no peito duas vezes com um canivete.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou os primeiros socorros e levou Marvio para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde ele morreu.
O suspeito, que era estudante de engenharia mecânica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi preso no dia seguinte, e confessou o crime.
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