
Amapá na COP30: pavilhão reúne vários serviços e palestras de empreendedores
O Instituto Mapinguari do Amapá lança em Belém (PA) durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) o manifesto ‘E depois da COP30? Queremos uma Amazônia com justiça climática e transição justa!’. O texto foi entregue a representantes da sociedade civil, organizações e lideranças nacionais e internacionais.
O documento reúne 45 assinaturas de organizações e aponta divergências entre compromissos climáticos assumidos pelo Brasil e práticas de desenvolvimento na Amazônia.
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Instituto Mapinguari leva carta-manifesto a COP30
Divulgação/Instituto Mapinguari
A carta também sugere medidas como a suspensão de projetos ligados a combustíveis fósseis e mudanças nos sistemas alimentares.
Veja a carta-manifesto
Participação das comunidades
Segundo a diretora executiva do Instituto Mapinguari, Anália Barreto, o manifesto busca ampliar a participação das comunidades amazônicas nas decisões sobre clima e desenvolvimento.
“Transicionar para uma economia de baixo carbono requer participação e escuta ativa das comunidades e de suas necessidades, requer pensar uma governança climática que dê voz aos territórios, e é justamente isso que buscamos com o manifesto”, afirmou.
Diretora executiva do Instituto Mapinguari, Anália Barreto
Divulgação/Instituto Mapinguari
O texto será divulgado em painéis, palestras, mesas redondas e outras atividades da conferência. Segundo o instituto, a intenção é reunir apoio de diferentes setores e estimular debates sobre transição energética, reconhecimento de povos indígenas, quilombolas, pescadores, ribeirinhos, extrativistas e agricultores familiares.
Principais pontos do manifesto
O documento opina sobre a possibilidade de prospecção petrolífera na região da Foz do Rio Amazonas. De acordo com o Instituto, a atividade pode afetar a biodiversidade e os modos de vida tradicionais em áreas do Amapá e do arquipélago do Marajó, no Pará.
O manifesto também destaca que cerca de 75% das emissões de gases de efeito estufa brasileiras estão ligadas à agropecuária e ao uso da terra, conforme dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
O texto defende o fortalecimento da agricultura familiar, da pesca artesanal e da agroecologia, além da ampliação de programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
O documento apresenta recomendações em quatro áreas:
Transição energética, com investimento em pesquisa e tecnologias sociais;
Sistemas alimentares resilientes, com apoio à agroecologia, reforma agrária e demarcação de territórios;
Cultura como eixo de educação e mobilização climática;
Comunicação popular e regulação democrática, com combate à desinformação e apoio a mídias comunitárias.
Equipe do Instituto Mapinguari leva questões da Amazônia a COP30
Divulgação/Instituto Mapinguari
Instituto Mapinguari leva carta-manifesto à COP30
Divulgação/Instituto Mapinguari
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